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20/09/2011

Avulsa




Quem me conhece só de vista deve me achar a pessoa mais estranha do mundo. Essa foi a conclusão que cheguei enquanto cruzava a cidade e fazia o caminho casa escola de sempre essa manhã. Não sei porque diabos pensei nisso, talvez uma música aleatória no celular ou uma garota parecida no outro lado da rua, a questão é: Será que por fora,  pareço com o que sou (ou me sinto) por dentro?
Antes de responder a pergunta, tenho que comentar… QUEM? QUEM PENSA NISSO PELA MANHÃ? Sim, eu. A estranha.
Pois é, ainda sou meio neurótica com essas coisas. Acho que tem um pouco a ver com a minha infância. Bem, você sabem, eu era uma garota tímida, e não conseguia me impor entre os meus colegas de classe.  Entre um comentário maldoso e outro, lá estava eu triste por não conseguir fazer com que gostassem de mim. E não foi fácil mudar isso. Tive que aprender a me aceitar, e por sorte, encontrei no caminho pessoas especiais que me ensinaram o valor da singularidade.
Sim, eu vou usar esse batom vermelho. Esse laço enorme também. E se estiver com vontade, a lente azul. Qual é? Estamos falando da minha vida, e até onde eu sei, ela tem que ter a ver comigo, não com o resto mundo.
Eu não tenho que quer ir em uma festa onde as pessoas disputam qual pode se transformar na mais idiota. Também não quero ser só um número. Não quero calor e nem multidão. Minhas preferências, minhas manias, meus orgulhos. Eu quero o que é meu, quero o que sou eu. Deitar aqui com ele, assistir um filme e depois, conversar sobre o amor. Quero pular de paraquedas e pintar minha unha de vermelho. Ouvir as minhas músicas que dão sono e não dormir. Cantar na frente do espelhos músicas que eu nem sei a letra.
Quer saber? Nós não deveríamos nos obrigar tanto a certas coisas. Se hoje, soubéssemos do amanhã, de como o tempo passa rápido, nos importaríamos menos com o que vão pensar, e mais com o que vamos sentir.
É como eu sempre digo por aí: Ser diferente é fácil, quero ver é ser você.




Depois dos quinze.